sábado, 14 de maio de 2011

Diário indiscreto


Nada mais diz respeito a mim,o meu diário tornou-se publico
O medo do outro tbm é comum,pois a companhia do desconhecido é mutua
As minhas palavras que saiam do profundo e escondidas soavam profanas
Hoje são lidas e nada do que é meu é meu.

Nisso aprendi a guardar no meu profundo,ou no aparente qualquer coisa que seja
Sem ter que colocar em papel,ou uma nota que seja
Porque destas linhas reforço,nada é segredo.

Pra que o leitor destas frases não se sinta perdido na dispersão de minhas idéias
Gostaria que soubesse que todas elas tiveram uma raiz.
Mas não daquelas que se cortam,ou atira-lhes veneno
Mas raízes inimagináveis de tão extensas,algumas infintas,

De tanta dor que causam.
O teu olhar nunca será bendito e puro por mim
O teu toque nunca será em mim
Mas sempre na tua fantasia terão muitas e nunca insignificantemente uma.
Assim como uma semente é fadada á brotar o que não é feminino é tido para fecundar.
Ide e semeai,um homem o disse,os homens o farão.

E as mulheres?Vasos de brotos:algumas vezes esquecerão de rega-las,mas nunca tornem-se secas.Pois até mesmo no deserto planta-se tomate.E o que torna possível essa fruta,é a tal da tecnologia.E o que torna possível livrar-se das putas,é a tal da inteligência.
Uma mulher sempre será um par de seios,bundas,e o remeleixo dos quadris.

No carnaval desde criança,prestei atenção na banda,no coro em todas as alas e no hino entoado.
o que via,Só pelados.
O mundo visto,daqui de dentro não são só palmeiras,rios, e cachoeiras.
De tanta beleza sobrevive o brasileiro, porque se não fosse elas...

Violência,promiscuidade,fome.
Ontem no Haiti o terremoto fez o que fez,e só não fez mais porque ainda não sabem.
Povo esquecido,como se aqueles humanos não sentissem dor,não tivessem lembranças.
Das câmeras vi gritos,e pedidos de socorro,mas da mão daquele que filmava nada fez,trouxe pro mundo o grito do nunca socorrido.

Hoje perdida na bagunça,de mudança de casa nova,entre trapos,livros que não se acomodam,encontro-me  a mim.Eu que estou perdida ,sei que como meus livros mesmo que não caibam em lugar nenhum,sentiria falta por não tê-los.

E a minha confusão,veio da vontade,pq sei que o que sinto são destroços da minha confusão.Não fui ao trabalho,não fiz trabalho,não me fiz nada útil.E mesmo assim sinto que muito esta acontecendo.Lá em cima,que não faz parte da África,procuram-se parente por entre os mortos.E eu aqui em baixo procuro nas bagunça,um objeto,algo que me faz sentir-se menos triste.A melancolia é a sentença que faz alegres os filósofos,e não sei talvez eu seja mesmo palhaça e fiz do riso minha profissão.

Sentirei cada palavra escrita,e por mais maldita que seja,verei coesão em cada emaranhado de linha.
E linda de frente pro espelho colocarei meus textos um defronte ao outro,e neste confronto não sairei a mesma.
Pois a todo segundo multiplico a mim mesma,descontrolando-se de todas as poucas muitas idéias,que nunca nada e tudo respondem,e eu vago.

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