sábado, 18 de junho de 2011

O que te falta?


Quando algo no faz sofrer procuramos ser reconhecido, a dor faz parte do ego sendo enrijecido
Dentro de mim não mora mais a revolta, mas sim a reflexão.
Pensei, pensei e passei a procurar um modo de dominar as paixões.
Alguns concordam com esta necessidade, mas tornam-se frios,

Eu sou um tsunami de impulsividade, minhas paixões dominam minhas ações,
eu sou o que sinto.
Amanhã posso não sentir mais o que sinto hoje.
Não me arrependo do que fiz, e não planejo meus passos,

Meus amores são minhas paixões materializadas,
Me apaixono, por cada um que tenho nos braços,
Não faço nada sem ter a certeza de que sinto,

Se eles então, se vão,
Eu fico com a dor silenciosa,
e com um enorme prazer de que outra paixão virá, e que será melhor começar tudo de novo

A minha ansiedade apenas quer, quer, e de mim requer todos os prazeres
Eu me esquivo, me livro, me solto, eu não me prendo a dor.
A ansiedade traz o desejo do amanhã, e meu coração a certeza de que sempre amarei aquilo que virá

O novo, o novo, o novo, fez do velho pura insensatez.
A experiência de vê-lo indo não me trouxe vazio, mas sim a liberdade...
            Hoje você me procura como quem não sabe o que quer...

Quer que eu sinta pena das palavras que você me diz...
Mas eu não sou cruel, eu sou fiel aos meus pensamentos e sentimentos
Se eu não fosse alguem guiada pelas paixões eu beija-lo-ia por pena.

No passado também senti o nó górgio da dor.
                                          A dor de amadurecer...

Mas se chega lá....è muito mais prazeroso, o desapego em viver sonhando....

Meus pés estão ao chão, mas não mais colados,
eu peço perdão mas você esta isolado da verdade que o cerca: você vive no mundo, mas o mundo não é seu.

Eu não sou sua, eu não sou do mundo, sou apenas moradora deste corpo fisico, faço deste alojamento material minha morada, mas quem eu sou?
                      Meus pensamentos...e eles mudam, crescem...

Assim, sinto-me livre, mas lembro-me de que existem as paixões, e fico com dúvida se ela vem da alma ou do corpo. A paixão em orgasmos, a paixão em medo, a paixão em ser lirico.

Ontem passarinho apareceu depois de uma tempestade, e ainda me mostrou um lugar na floresta intacto. 

                   Como se o vento não tivesse passado por lá.

Mas chegando no local, havia hora marcada, porque nem a floresta fica ilesa da ocorrência do sol, que de manhã torna a voltar, de tarde some...E assim marca o tempo, até para os outros animais.

La dentro desta floresta não esperei o passarinho me trazer de volta, eu fui procurar uma trilha,
encontrei bichos que nunca tinha visto, o mais surpreendente de todos eles, era uma imagem no rio.

                            Era meu reflexo que eu não reconheci.

Pensei que poderia ser a pressa de partir, pensei que poderia ser o vento que vinha, o medo da proxima tempestade, mas era falta de ar.

                                                                     falta, falta, falta, falta, falta.
Sempre falta...

sábado, 11 de junho de 2011

SENSAÇÃO DE ETERNIDADE

Talvez eu tenha aprendido que tentar prever o amanhã não é parapisocologico nem provável.
Que a cartomante me deu possibilidades e que se eu fizer um caminho inverso o tarólogo dirá o contrario.
Futuro.
Futuro.
Ele começou ontem.
Alias quando eu nasci.
Ontem quando na conversa com o Pierro inocente.
Fiz-me de crente de que aquele tem muito por assumir.
A verdade não aparece na soma dos anos.
Fiz-me e fizeram-me quase 22,e ainda tenho mto fardo que a sombra do tempo veio acumulando.
E vai de mim o cotorno que venho dando.
Se fosse pra extingui-la de vez,assumiria,pois no contrato que fiz de assinatura definitva o tempo prometeu que em troca da dor,daria o codinome aprendiz,e pra eu que sonho,vivo penso futuro quem em breve... codinome: beija flor.
A dor vai passando e pra cada funeral de magoa enterrada recebo mil flores.

A vida Margarida,só pode ser uma missão.
Definitivamente não se trata de degraus.
Escada é coisa feita pelo homem para ter espaço no andar acima.
Ou tu me cotradiz,que escada seja para poder ver do alto.
Mas não há escada alguma que se compare com a vista de cima de um grande monte.
Por isso afirmo,a vida é uma missão,e dela vou decindindo caminhos que me levam a trilhas e estradas diversas que muitos não se dão contas.
Não,não existe destino.
Eu optei pelo caminho de flores,mas não contei que elas num forte verão sem chuva,podem murchar
.E com isso aprendi o caminho do rio e pude rega-la e elas continuaram a florir.
So que para isso outrora já havia me perdido e só então descoberto,este rio salvador.
Tenho medo do que não conheço,antropológico confirma esta minha sensação.
Mais sei que se nascesse e recebesse o manual catalogado em versos e capítulos de  cada passo e conseqüência minha,seria ignomínia dizer que teria atração.
Á vida um brinde!
Pra cada descoberta,ao meu viver,meu aprender,e a cada juízo que ganho um prazer maior,nesta estrada não vejo final mas uma infinidade de caminho,e se ganho juízos por aprender tal qual aqui e ali,escuto o que dizem,e que ela chama-se juízo final.
A morte não pode ser banal.
E nesta manhã chuvosa,mesmo quando ontem não fora dia de gloria,fico firme na sensação de que viver é muito bom.
Não desgrudo deste corpo meu tão cedo,
me instiga o coração,
palpita meu peito,
não de ansiedade 
Mas como que se tivessem me dado uma grande luneta para a noite E um binóculo para o dia.
E ferramentas para construir meu microcospio.
Pois esta verdade sempre esteve perto de mim,
e eu achando-a pequena,
Não me dei conta.
Fico breve e sinto-me eterna.

FERNANDO EM PESSOA

Peito estribuchado ansiedade generalizada,amor em conflito

   E maldito todas são     minhas idéias.
                                   Tenho medo da semana  que vem,     
do tempo que passa.

              Ontem o medico e a paciente 
não pediam cura
nem podiam curar
Os dois tinham que o tempo enfrentar,
e eu banhada da fonte jovial,
Tinha o medo que não podia compartilhar.

Ontem sonhei que no pátio da casa,
haviam livros meus espalhados por toda a casa,
E na capa dele o titulo dizia:                                                                        O guardador de rebanhos.
Como se Pessoa aparece como Fernando em meus sonhos,
acordei e me joguei nas procurar das palavras de um homem que em muitas faces tem tudo a me dizer.

IMPULSO? ME VOU, ME FUI EU VOU


Odeio ver as linhas correndo
As paginas fluindo,pois ai vou vendo como a vida é realmente um fio,
Uma linha é um fio.

E ela vai indo como a vida,como o tempo que não existe que dizem que passa
O pior é que ele não passa,a gente é que passa.
A velhice criou o tempo.A criança fez criar o amor,
E o adulto,este sente-se buscando.
Pra depois ver que na verdade esta parando,
parando que sua energia vai cessando.

Não vou permitir em uma pagina sequer descarregar os raios cinzas e negros   Vou debruçar-me apenas em luzes azuis e amarelas,
porque delas vejo como voltam a mim.Cada palavra dita é um verso vivido.
Como posso eu então permitir que leiam minhas palavras.
Elas saem da alma,o que  e doe não pode ser lido e nem chachota.
Tem de ser de mim pra mim,Eita desejo de solidão!
Faz-me cessar o impulso,os impulsos qualquer impulsos.Então me vou.
___________________

INSEGURANÇA

O mais difícil de tudo é não ter aonde firmar os pés.
O mais difícil de tudo é não ter chão para os pés.
O mais triste de tudo é estar no tão sonhado céu 
E morrer de medo de altura.

Talvez eu deva logo escrever um livro pra morar nele uns tempos.

Pois criando minha historia serei-me personagem e crianção,pois como nesta lida crio a palavra que dito,e por ser dito meu posso criar.
Assim como a um alguém uma vida posso dar.Basta uma historia criar.

TÉDIO


O que?
Tudo o que passa nesta,vida e se esconde da gente,no olhar.
Que a gente finge que vê mas não vê, e que quando vê sente que já viu tudo,e que quando Pensa,senta pra sentar e ver de novo o mundo que passa.
Pois em cada coisas que se passe um momento ou um segundo,
já se vive o bastante pra dar a volta no mundo,saindo sim do lugar,
só com a mente,que mesmo cansada não deiste,
e que a cada 11horas vai dormir.

POR ENTRE PALAVRAS E MILAGRES


Procuro não por infinito em minhas palavras
Pois nenhuma delas consegue dizer
O que pode estar na mente,
que não sai do que mais mente
De que sente,
e de que este vem do coração.
Vem das idéias,
das soluções,e dos problemas
Pq resolvo o que tenho que fazer
Todas as vezes
que me desvencilho de você
Pois aqui esta mais frio que a Sibéria
E toda vez que te olho mudo de idéia
Mas hoje foi diferente a idéia veio,tocou
Não a reconheci,
e quando exposta e nela posta
Um pouco de mim, puta, sedenta pelo frenesi, através das tempestades do mar
Tirar o pouco que resta de correto
E me perder em todas as palavras que nascem,
Porque me mim existem milhões de vozes,falsas e verdadeiras.
Mas pra não forçar dizendo que a mesma fosse derradeira,
Eu pra mim,e ela pra vc leitor brincas com as palavras
E vê na lida,o milagre da comunicação.
Eu posso através do meu dito,te fazer sentir como quem sente
E de cada verso meu,reconheces o teu santo sepulcro
Que de imediato vela a tua imagem,daquela cara que vc tinha.
E pro retrato mandam a vida,a fotografia do retrato,o prato daquela foto.
Ai de mim,se não dizer do que eu mesmo trato no trato da vã filosofia da gramática.
Ai de cada linha que não tenho pedaço de mim,
Ou como penso as vezes,inicio.
Pois de uma frase bendita colho muitas sementes secas,que não alimentam ninguém.
È estranho.
Mas é real.
E é triste.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A fase do cordel


Cordel que deixou a Rede Globo e Pedro Bial indignados
               
                          BIG BROTHER BRASIL  
 
                                Curtir o Pedro Bial
                                E sentir tanta alegria
                                É sinal de que vocź
                                O mau-gosto aprecia
                                Dį valor ao que é banal
                                É preguiēoso mental
                                E adora baixaria.

                                Hį muito tempo nćo vejo
                                Um programa tćo fuleiro
                                Produzido pela Globo
                                Visando Ibope e dinheiro
                                Que além de alienar
                                Vai por certo atrofiar
                                A mente do brasileiro.

                                Me refiro ao brasileiro
                                Que estį em formaēćo
                                E precisa evoluir
                                Através da Educaēćo
                                Mas se torna um refém
                                Iletrado, zé-ninguém
                                Um escravo da ilusćo.

                                Em frente ą televisćo
                                Lį estį toda a famķlia
                                Longe da realidade
                                Onde a bobagem fervilha
                                Nćo sabendo essa gente
                                Desprovida e inocente
                                Desta enorme armadilha.

                                Cuidado, Pedro Bial
                                Chega de esculhambaēćo
                                Respeite o trabalhador
                                Dessa sofrida Naēćo
                                Deixe de chamar de heróis
                                Essas girls e esses boys
                                Que tźm cara de bundćo.

                                O seu pai e a sua mće,
                                Querido Pedro Bial,
                                Sćo verdadeiros heróis
                                E merecem nosso aval
                                Pois tiveram que lutar
                                Pra manter e te educar
                                Com esforēo especial.

                                Muitos jį se sentem mal
                                Com seu discurso vazio.
                                Pessoas inteligentes
                                Se enchem de calafrio
                                Porque quando vocź fala
                                A sua palavra é bala
                                A ferir o nosso brio.

                                Um paķs como Brasil
                                Carente de educaēćo
                                Precisa de gente grande
                                Para dar boa liēćo
                                Mas vocź na rede Globo
                                Faz esse papel de bobo
                                Enganando a Naēćo.

                                Respeite, Pedro Bienal
                                Nosso povo brasileiro
                                Que acorda de madrugada
                                E trabalha o dia inteiro
                                Dar muito duro, anda rouco
                                Paga impostos, ganha pouco:
                                Povo HERÓI, povo guerreiro.

                                Enquanto a sociedade
                                Neste momento atual
                                Se preocupa com a crise
                                Econōmica e social
                                Vocź precisa entender
                                Que queremos aprender
                                Algo sério - nćo banal.

                                Esse programa da Globo
                                Vem nos mostrar sem engano
                                Que tudo que ali ocorre
                                Parece um zoológico humano
                                Onde impera a esperteza
                                A malandragem, a baixeza:
                                Um cenįrio sub-humano.

                                A moral e a inteligźncia
                                Nćo sćo mais valorizadas.
                                Os heróis protagonizam
                                Um mundo de palhaēadas
                                Sem critério e sem ética
                                Em que vaidade e estética
                                Sćo muito mais que louvadas.

                                Nćo se vź forēa poética
                                Nem projeto educativo.
                                Um mar de vulgaridade
                                Jį tornou-se imperativo.
                                O que se vź realmente
                                É um programa deprimente
                                Sem nenhum objetivo.

                                Talvez haja objetivo
                                professor, Pedro Bial
                                O que vocźs tćo querendo
                                É injetar o banal
                                Deseducando o Brasil
                                Nesse Big Brother vil
                                De lavagem cerebral.

                                Isso é um desserviēo
                                Mal exemplo ą juventude
                                Que precisa de esperanēa
                                Educaēćo e atitude
                                Porém a mediocridade
                                Unida ą banalidade
                                Faz com que ninguém estude.

                                É grande o constrangimento
                                De pessoas confinadas
                                Num espaēo luxuoso
                                Curtindo todas baladas:
                                Corpos belos na piscina
                                A gastar adrenalina:
                                Nesse mar de palhaēadas.

                                Se a intenēćo da Globo
                                É de nos emburrecer
                                Deixando o povo demente
                                Refém do seu poder:
                                Pois saiba que a exceēćo
                                (Amantes da educaēćo)
                                Vai contestar a valer.

                                A vocź, Pedro Bial
                                Um mercador da ilusćo
                                Junto a poderosa Globo
                                Que conduz nossa Naēćo
                                Eu lhe peēo esse favor:
                                Reflita no seu labor
                                E escute seu coraēćo.

                                E vocźs caros irmćos
                                Que estćo nessa cegueira
                                Nćo faēam mais ligaēões
                                Apoiando essa besteira.
                                Nćo deem sua grana ą Globo
                                Isso é papel de bobo:
                                Fujam dessa baboseira.

                                E quando chegar ao fim
                                Desse Big Brother vil
                                Que em nada contribui
                                Para o povo varonil
                                Ninguém vai sentir saudade:
                                Quem lucra é a sociedade
                                Do nosso querido Brasil.

                                E saiba, caro leitor
                                Que nós somos os culpados
                                Porque sai do nosso bolso
                                Esses milhões desejados
                                Que sćo ligaēões diįrias
                                Bastante desnecessįrias
                                Pra esses desocupados.

                                A loja do BBB
                                Vendendo só porcaria
                                Enganando muita gente
                                Que logo se contagia
                                Com tanta futilidade
                                Um mar de vulgaridade
                                Que nunca terį valia.

                                Chega de vulgaridade
                                E apelo sexual.
                                Nćo somos só futebol,
                                baixaria e carnaval.
                                Queremos Educaēćo
                                E também evoluēćo
                                No mundo espiritual.

                                Cadź a cidadania
                                Dos nossos educadores
                                Dos alunos, dos polķticos
                                Poetas, trabalhadores?
                                Seremos sempre enganados
                                e vamos ficar calados
                                diante de enganadores?

                                Barreto termina assim
                                Alertando ao Bial:
                                Reveja logo esse equķvoco
                                Reaja ą forēa do mal.
                                Eleve o seu coraēćo
                                Tomando uma decisćo
                                Ou entćo: siga, animal.

                                FIM
        
Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bįrbara-BA, residente em Salvador.
Salvador, 20 de fevereiro de 2011.